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A decisão de criar este página aconteceu logo após o III Seminário das Humanidades, realizado no período de 03 a 07 de junho de 2015, em encontro de planejamento coordenado pelo professor João Saldanha do Departamento de Ciências Sociais da UFES, na casa do Sérgio Leandro e que contou com a participação de vários dos nossos colegas e amigos da Grande Vitória, que tem contribuído enormemente para o fortalecimento da “Memória Camponesa do Cotaxé”.

 

Neste caso é indispensável não perdermos de vista a construção simbólica, que se dão nas manifestações culturais e que estão relacionadas diretamente a luta e a afirmação de um povo, ou comunidade. Isso pode ser encontrado em várias partes do município de Ecoporanga e aqui podemos citar a Capoeira do Patrimônio dos Pretos (Santa Luzia do Norte), o Boi Janeiro em Cotaxé, a Dança da Fita em Imburana, a Roubada da Bandeira na Prata dos Baianos e a Folia de Reis no Córrego do Barbosa. Não dá para trabalharmos a questão da memória e omitir estas manifestações.

 

Em todas elas estão exemplos concretos da resistência popular e que não deixa de ser um contraponto àquilo que é produzido pela indústria cultural de entretenimento e que nos apresenta o seu produto, pronto e acabado, para consumirmos de modo passivo e como meros expectadores. Desta maneira somos induzidos a não criar e nem produzir mais nada em função deste “mais moderno” e “mais avançado” e por fim, superior a nós. Por causa da força e o poder de convencimento desta ideologia, vamos perdendo a nossa identidade e sendo alienados da nossa verdadeira e com isso perdemos a capacidade de resistir aos que nos negam na nossa condição de sujeitos de pensamento, de criação e de um modo próprio de viver.   

Através do página pretendemos divulgar registros em fotografias, textos e vídeos, que estamos recolhendo e produzindo nesse trabalho de construção coletiva e que visa incentivar pesquisas acadêmicas sobre o tema por meio da manutenção do vínculo com a universidade, que através de sua credibilidade, nos proporciona um suporte significativo de divulgação da história de resistência camponesa mais importante do nosso estado ocorrida no período que se estende do final da década de 40 a meados da década de 60 do século XX.

Com isso pretendemos facilitar a obtenção de conhecimentos sobre o tema e ao mesmo tempo estimular a pesquisa que venha enriquecer ainda mais a construção de uma narrativa que venha engrandecer a luta dos trabalhadores do campo e a partir daí tirarmos lições, que sirvam de exemplos para aprimorarmos os nossos instrumentos de luta em benefício de uma sociedade mais justa e que, portanto, não admite a opressão contra homens e mulheres, em prol do privilégio e a ganância de poucos.

Para finalizar agredecemos a Luciana GB, que foi a criadora desta página e responsável pela operacionalização da mesma através do seu apoio de sempre; aos amigos e amigas Márcio Moraes, Luciana Gb, Sérgio Leandro, Diego Barbosa, Cármen Nader, Flavia Soares, Zélia Siqueira, Deraldo Pereira e Roberto Carlos, que disponibilizaram os seus registros fotográficos para disponibilizarmos neste espaço; ao Edson Rangel, que produziu e nos cedeu gentilmente a logomarca utilizada em nossos publicações; aos integrantes das nossas comissões de organização dos seminários; aos nossos palestrantes e pesquisadores do tema, que liberaram filmagens, áudios e textos produzidos; aos oficineiros, músicos, ativistas culturais, moradores locais e da região envolvidos nesta construção coletiva; as instituições parceiras, universidade, prefeitura, sindicatos, associações, MST e MPA. Enfim, queremos agradecer de coração a todos e todas que participam de alguma maneira deste grande esforço de mobilização e fortalecimento da memória de nossa história, ainda tão pouco contada.  

(por Vander Antônio Costa)

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